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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Taxação do Capital Estrangeiro


Um assunto discutido por todos os economistas nos últimos anos é o grande volume de capital estrangeiro que entra no Brasil desde a abertura comercial do início da década de 90. Sabemos que grande parte desse investimento entra no país atraído pelos altos juros que exercemos. Isso faz com que o interesse produtivo seja cada vez menor e a especulação se torne cada vez mais atrativa. Dados apresentados pelo jornal folha de São Paulo, em reportagem do dia 17/10, mostram que o montante de capital estrangeiro atraído pela especulação soma pouco mais de meio bilhão de reais entre março e agosto deste ano.


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou hoje uma medida que tem por objetivo diminuir o atrativo desse tipo de capital. O Governo fará a taxação de qualquer operação de crédito, seguro, câmbio ou até mesmo em títulos de valores mobiliários no momento de sua entrada em 2%, através do Imposto sobre Movimentações Financeiras (IOF). Não haverá cobrança do imposto na saída e não ocorrerá o mesmo caso a entrada de capital seja para investimento produtivo. A medida provisória entrará em vigor amanhã, com o registro no Diário Oficial da União.


Mantega afirmou que o objetivo da medida é evitar o excesso de liquidez e especulações exageradas. Além disso, existe também a intenção de frear a valorização do Real perante o Dólar, que foi acentuada com a entrada de cerca de 20 bolhões de reais na bolsa de valores desde o início do ano. Apesar das intenções, dificilmente haverá sucesso a médio/longo prazo. Isso porque, não é apenas a simples entrada de capital especulativo que está gerando essa valorização. E sim, o cenário macroeconômico mundial, como afirma o economista-chefe do WestLB, Roberto Padovani: "Os fundamentos econômicos sugerem apreciação do real, com as commodities subindo e o dólar globalmente se enfraquecendo". O economista faz a crítica por já estar provado que, historicamente, medidas administrativas não influenciam o câmbio. Isso ocorre apenas no curto prazo, pelo fato dos investidores estarem inseguros sobre o rumo que as regras de investimento no país tomarão.


Concordo com Roberto e vou um pouco mais longe. Se as políticas cambiais, fiscais e monetárias adotadas pelo país nos últimos anos não sofrerem mudanças, a tendência é de que o capital especulativo continue entrando livremente. Há anos o Brasil se preocupa apenas com pagamentos de juros da dívida e com a manutenção das metas de inflação estabelecidas. Para isso, mantém a taxa básica de juros alta, procura sempre gerar superávit, além de manter o câmbio flutuante. O investimento só se tornará produtivo se incentivos forem dados aos investidores, como já comentado em textos anteriores. Primeiramente, os juros devem ser mais baixos, para não serem tão atrativos a especulação. Além disso, o investimento do governo em setores de base e estratégicos da economia deve ser realizados, para dar confiança ao empresário e suporte para potenciais investidores, mesmo nacionais. Uma economia mais consistente seria competitiva no mercado externo, o que proporcionaria o aumento das exportações. Nesse cenário, o câmbio se desvalorizaria naturalmente.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Crônica de Arnaldo Jabor: Educação no Brasil



Esta crônica de Arnaldo Jabor sobre educação no Brasil. Hoje como homenagem ao dia dos Mestres e Professores, uma pequena pausa para nós refletirmos sobre educacao e politica.

Um grande abraço a todos os nossos queridos Mestres e Professores, que nos indicaram os caminhos do conhecimento. Parabéns a todos!



Gostou? Que tal valorizar nosso trabalho?

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

US$ 25 milhões de papéis da dívida brasileira estarão a venda dia 7 de outubro 2009.


A divida brasileira impulsiona o Brasil, o Tesouro Nacional divulgou que venderá mais de US$ 25 milhões de papéis da divida externa brasileira, os chamados Global Bonds, estes papéis terão vencimento em 2041. Mas serão vendidos no mercado asiático. Já no dia 30 de o Brasil arrecadou a balela de US$ 1,25 bilhão, junto aos mercados americano e europeu, e ainda sendo a segunda maior taxa de juros da história.

Nos três mercados os números são impressionante, o número chega a ser assustador US$ 1,275 bilhão. Os bancos responsáveis pela emissão foram Barclays e HSBC, agora olha as taxas que absurdas, o preço equivalente a 97,498% do seu valor de face, e a taxa de retorno anual será de 5,8%.

No próximo dia 07 de Outubro de 2009 o Brasil irá arrecadar para sua “reserva internacional” mais estes milhões. Os cupons serão pagos nos dias 07 de janeiro e 07 de julho de cada ano e o vencimento será em 2041.

Qual será o rumo desse pensamento de curto prazo? A divida brasileira interna esta tomando proporções impagáveis, e o pessoal continua vendendo. Impressionante como podemos criar um projeto nacional se cada vez mais pensamos nos problemas a curto prazo? O Brasil sempre precisou de ajuda internacional pra crescer, mas isso foi uma decisão dos homens do poder brasileiro, podemos escolher o nosso caminho, temos opções, mas os nossos governantes e capitalista sempre optaram pelo mais fácil.

Então vamos lá: VENDE-SE BRASIL, Compre nossa divida que pagamos vocês até 2041! E pagamos muito bem! Afinal temos o petróleo do pré sal!!!