Para o autor David Landes, Henry Ford teria sido o maior e mais inovador empresário da indústria, pela suas conquistas, visão de produção em massa e mercados em massa, do transporte individual para multidões e da tecnologia que viria a tornar possível tal revolução.
Henry Ford possuía dois bens preciosos: mãos extremamente hábeis e talento para ferramentas e máquinas. A curiosidade foi uma importante característica de Henry. Quando jovem passou a desmontar e montar relógios, mas ‘a partir dos 16 anos já não se contentava somente com os relógios, foi para Detroit onde começou a trabalhar numa oficina mecânica. Mesmo não tendo formação acadêmica Henry Ford foi o exemplo exato do “american dream”. Antes de se dedicar aos carros, chegou ao cargo de engenheiro –chefe, numa conceituada empresa.
Grande parte do sucesso de Henry deveu-se a engenhosidade e confiabilidade de suas máquinas e outra boa parte de audácia natural, melhorada por anos de vida na fazenda, e também pelo conhecimento que tinha de automóveis. Henry apostou na fabricação de veículos leves, ganhando eficiência , num período dominado por carros pesados.
Para Henry Ford o principal não era somente vender carro, mas sim dar a atenção ao design e ao processo de montagem. Os carros Ford fizeram sucesso desde o ínicio, porque Henry percebeu o potencial do mercado, demonstrando assim uma aguçada visão do mercado potencial. “A maneira de fabricar carros e fazer um igual ao outro, idênticos, fazê-los sair da fábrica iguaizinhos, assim como um alfinete é igual a outro alfinete quandos ambos saem da fábrica de alfinetes”, dizia Henry Ford. Muitas oportunidades surgiram `a partir da grande curiosidade técnica, de Henry. Um exemplo ocorreu em 1905, quando numa corrida automobilística, Henry observou os carros dos fabricantes europeus, que apresentavam peças com leveza nunca vista antes por ele. Após estudos , a Ford chegou ao desenvolvimento de uma nova liga de aço, que fez um tremendo sucesso. Sucesso esse, devido ao valor do conhecimento e da inovação.
A meta da maioria dos fabricantes de automóveis era a rigidez, a de Henry, a flexibilidade. Com a ajuda de uma notável equipe de colaboradores, havia empreendido uma revolução na tecnologia da produção. Esse foi o maior motivo do sucesso de Henry Ford, no auge de sua pôtencia: era agressivo, criativo, tecnologicamente visionário e extremamente popular. Um exemplo, para Henry Ford o ciclo de produção começava com o cliente: achava que a mercadoria deveria ser antes de tudo ajustada de forma a atender o maior número possível de consumidores em qualidade e preço, e consequentemente o número de clientes tenderia a aumentar continuamente conforme o preço do artigo fosse caindo. Ao mesmo tempo, pelo pagamento de um salário substancial para aqueles que trabalhavam com a produção e a distribuição, o poder de compra aumentaria. Em janeiro de 1914, ele e seu sócio James Couzens aumentaram todos os salários em suas indústrias para um mínimo de 5 dólares por oito horas de trabalho (a média até então era de 2 dólares e quarenta centavos por nove horas de trabalho). Esta última medida provocou rápida economia pois serviu como incentivo até então desconhecido aos funcionários: o índice de retrabalho diminuiu sensivelmente, assim como as horas improdutivas.
Ford fez planos nos quais suas fábricas se auto manteriam, evitando o lucro de intermediários. Essas técnicas ajudaram a Ford à acumular triunfos, importantes principalmente para épocas de crise que ocorreriam no mercado para os carros da Ford, isso devido principalmente à concorrência e as crise de estagnação enfrentadas pelos EUA.
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