Hoje é aniversário de 1 ano da quebra do banco Lehman Brothers, um dos maiores bancos da história dos Estados Unidos, nascido em 1850 a partir de uma modesta quitanda no estado do Alabama, e que se tornou especialista em intermediações financeiras. A quebra de um símbolo, que sobreviveu a crises históricas, como a Guerra Civil norte americana ou até mesmo a Crise de 29, foi um marco mundial, em que as instituições financeiras deixaram de negar a existência de uma severa crise internacional.
O aniversário deste grande evento nos remete a muitas perguntas: A crise acabou? As economias mundiais já mostram sinais concretos de retomada? O que será feito para não acontecer novamente? Hoje, o presidente dos EUA, Barack Obama, se pronunciou a respeito do assunto. Segundo ele, o país não permitirá que as irresponsabilidades cometidas pelas instituições financeiras sejam repetidas. Para isso, há um projeto no Congresso que aumenta a regulação sobre o Mercado Financeiro. Obama também defende que órgãos federais possam punir bancos que corram riscos demasiados. Além disso, será criada uma agência de proteção ao consumidor, que garanta informações precisas aos consumidores.
Dados importantes serão revelados esta semana, nos Estados Unidos, Europa e no Brasil, o que pode apontar a direção que o mundo está seguindo após o auge da crise. As vendas no varejo, por exemplo, podem ser um indicador de retomada da economia. Assim como a produção industrial, a utilização da capacidade instalada e os dados do setor imobiliário.
Grande parte dos analistas acredita que haverá uma melhora em todos os indicadores que serão apresentados. Porém, é importante fazer uma análise mais detalhada sobre esses dados. No Brasil, por exemplo, o aumento das vendas no varejo foram fortemente incentivadas pela redução do IPI (Imposto sobre produtos industrializados) para veículos automotivos, realizada pelo Governo Federal. Se os dados forem analisados excluindo este setor, possivelmente haverá uma redução significativa nos resultados.
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