segunda-feira, 8 de junho de 2009

Milton Friedman através da Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) reconstrói a teoria neoclássica e com isso cria a teoria monetária.


Milton Friedman

Milton Friedman através da Teoria Quantitativa da Moeda (TQM) reconstrói a teoria neoclássica e com isso cria a teoria monetária. A TQM que não estava em pauta no pensamento econômico até o autor retorná-la em seus estudos e alem disso trás a idéia de moeda neutra. Friedman acredita que a economia mundial é atrapalhada pelas interferências do governo, pois não permitia que o grande capital circulasse livremente.


Ele acreditava que a crise de 29 não fora solucionadas pelas políticas Keynesianas, e ainda estas estavam aprofundando a crise. Em sua opinião, Friedman, o Banco Central (BC) foi omisso e depois fez uma política contracionista, já que acreditava que o sistema precisava de liquidez. Por isso, defendia o BC a independência, porque acreditava que não havia um grupo de pessoas capazes em administrar de forma eficiente a política monetária. Para ele o BC deveria agir em determinados momentos para atender as necessidades do mercado. Friedman defendia a diminuição dos salários para a economia crescer. A taxa natural de desemprego surge a partir da curva de Phillips. E ainda todos os agentes trabalham em cima de expectativas de preços.


Friedman era um grande critico ao Keynesianismo, mas Friedman não criticava Keynes, sua critica estava voltada ao modelo síntese IS-LM. Ele desenvolve a critica a partir da fragilidade do sistema. Com isso, vários economistas trabalham com a política Keynesianas dizendo que é incapaz de tirar a economia da crise. Friedman tem como argumento central que a política Keynesianas não movimenta a economia, mas, apenas gera inflação. A inflação só irá causar uma variação de preços não de riqueza. Diz que ao se pensar em ciclos econômicos a política Keynesianas será eficiente, mas, a inflação para ele é muito ruim. Os modelos de Friedman passam a ser considerados, pois conseguem explicar o caso da inflação e que está ligada diretamente a políticas fiscais e monetárias de aumento de demanda agregada.


A crítica esta ligada a questão como citei a cima, as políticas monetárias e fiscais. O pressuposto é o seguinte: “Inflação é o resultado dos desequilíbrios entre a oferta e a demanda agregada. A renda não varia. Já as políticas monetárias e fiscais mudam a demanda agregada, mas não mudam a oferta agregada no mesmo momento e na mesma proporção, como resultados têm a inflação.


Um aumento nominal da renda e um aumento dos preços são explicados pela lógica do modelo IS-LM de desequilíbrios entre o produto e a renda (Y). O aumento de moeda no mercado, somado a um juro baixo, temos um recurso monetário disponível para o consumo. Dessa forma o aumento do crédito se reflete em um aumento dos preços. Esse impacto demora a acontecer porque a demanda por moedas, para Friedman, é uma demanda estável. Dessa forma vai depender especificamente da renda permanente (renda no tempo). As variações de curto prazo geram um pequeno impacto no crescimento. Então as variações de curto prazo na renda não são importantes para se gerar demanda por moeda, por isso é estável. Já que o consumo depende da renda permanente. A demanda passa a ser relacionada pelas escolhas dos portfólios dos agentes. Com isso Friedman retorna com a questão da TQM, considera que a demanda permanente de moeda esta relacionada à renda e essa é estável, devido o conceito de renda permanente. O conceito: O agente demanda moeda com base nas variações de longo prazo no valor da renda, e não no curto prazo, pois tais variações não afetam esta demanda imediatamente. A demanda por moeda depende da taxa de juros, ou seja, um aumento da taxa de juros gera uma disponibilidade de moeda para títulos, já uma queda nos juros tem uma demanda para troca, investimentos.


Dessa forma, o efeito multiplicador da moeda se tornaria muito pequeno, ou até mesmo inexistente. Considerando a não existência deste multiplicador, assim as políticas fiscais não causam nenhum efeito sobre a economia diz Friedman. Na mesma linha de pensamento, a troca de investimentos privado por publico não tem o efeito multiplicador. O baixo efeito multiplicador mostra que o efeito da política fiscal é ineficiente. Isso é explicado através da idéia de expectativas adaptativas. Dessa forma a insistência neste tipo de política pode gerar um fluxo de contratação por parte dos empresários que contratariam trabalhadores à custa de uma inflação crescente.


Friedman com suas teoria faz a separação teórica entre curto e o longo prazo. Seguindo essa lógica de modelo o agente ativo passa ser o trabalhador, já que esse, através da suas expectativas irá decidir se trabalha ou não. Com isso o capitalista passa a ser um mero agente passivo.



O modelo IS-LM é aceito por Friedman, mas para ele, tudo se acaba se ajustando no mesmo nível de produto anterior, mas com maiores taxas de inflação. Tudo isso através do conceito de expectativas adaptativas. Os agentes passam a não serem mais enganados constantemente, uma vez que passarão a formar as chamadas expectativas racionais, que significa: o agente antecipará os efeitos das políticas fiscais e monetárias, não caindo novamente nesta “ilusão” descrita anteriormente. Dessa forma Friedman analisa o futuro sendo conhecido e equilibrado, desde que não sejam alterados os fatores básicos. Já para Keynes o futuro é desconhecido.


A lógica a partir dessa analise é que não haverá mais crises, os ciclos econômicos nãos existem mais. Esta forma de pensamento leva em consideração que as crises são, na verdade, choques exógenos causados por principalmente pelos governos, que diante alguns fatos decidem mudar e desrespeitar as regras definidas. Além disso, poderia causar um problema de informação incompleta. Friedman tem a sua lógica encontrada nos pensamentos de Hayeck – “Há toda uma lógica de funcionamento baseada em regras que não deve sofrer interferências por parte do poder estatal”.


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