Com o dia das bruxas se aproximando o que vimos esta semana foi uma verdadeira traquinagem do mercado financeiro. Apesar do cenário internacional estar se apresentando de modo positivo, como no caso do Japão já anunciando o fim das medidas anti-crise, a França divulgando sua expectativa otimista perante sua economia neste terceiro trimestre, a bolsa brasileira não conseguiu manter-se estável durante esta semana.
Com altas de quase 6% e quedas de quase 5%, a Bovespa se mostrou ainda vítima dos especuladores. Estes pareciam não terem recebido seu "doce", pelo contrário, uma parte dele lhes foi tirada com a taxação do IOF - já explicado anteriormente em outros posts. O investidor expeculativo pareceu querer "pregar uma peça", então, no mercado financeiro, como aquela que as crianças fazem no dia das bruxas. E, parece ter dado certo até agora. A medida de taxação do governo pareceu não surtir efeito, mesmo apesar de todo um escândalo gerado sobre o assunto.
Se for feita uma análise mais detalhada, nem poderia. Colocando-se na balança a taxa que se está cobrando com os lucros tidos em renda fixa (titulos do próprio governo) teriamos uma taxa aproximada de ganho de 30% já somada este ano (selic + variação cambial). Ao ponto que se este mesmo capital estivesse atrelado a renda variável (bovespa + variação cambial) este valor ultrapassaria as taxas de 80%. Então, 2% faria alguma diferença para este investidor? Acredito que não.
Isto mostra que o país ainda é muito vulnerável. Qualquer tipo de notícia influência fortemente as bases do mercado e consequentemente da economia. Ainda que, como apresentei, alguns países tenham mostrado resultados positivos, várias empresas (principalmente norte-americanas) não se mostraram favoráveis a ter um bom fim de ano, como no caso da Alcatel-Lucent que acumula 12 prejuízos consecutivos. Mesmo assim, muitas ainda esperam que este fim de ano seja melhor favorável as vendas.
Outras datas comemorativas ainda estão por vir. Nos EUA, por exemplo, o Halloween, é a segunda maior data de consumo do país (perdendo apenas para o natal). Apesar de serem datas das quais o que realmente deveria importar é a história e tradição que com elas trazem, acabaram tratando-se de datas praticamente consumistas nas quais o habito do consumo se tornou tão intrínseco e necessário que passam a ser partes importantes do planejamento de venda das empresas.
Sendo assim, devemos nos utilizar deste ponto fraco dos consumidores para estimular o crescimento do capital produtivo. Fazendo isto, espera-se que sejam criadas "barreiras invisíveis" contra as bruxas do mercado financeiro, que tornam a economia vulnerável as ocilações internacionais. Uma tarefa ainda difícil de ser realizada já que comparado aos outros países do mundo, aqui, ainda, se encontra uma das maiores taxas de juros (hoje 8,75%aa) contra taxas quase zero de países como Japão.
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