Segundo Aglietta, o princípio que fundamenta a unidade da moeda chave inglesa frente a pluralidade de diversas foi o endividamento baseado na a assimetria de que os presidentes do país emissor são, ao mesmo tempo, devedores e credores dos não-residentes. Havia também a questão da confiança, no sentido de que os não-residentes devem ser credores seguros dos bancos emissores, que significa dizer que os credores não podiam deixar dúvidas em relação a suas intenções de conservar essas balanças líquidas no futuro; o ouro garantir a segurança.
Mas existia um sinal de fragilidade que afetava a confiança, e este sinal era dado através de indicadores estatísticos. Em 1913, todos acreditavam na libra como divisa chave. No entanto, a relação das reservas de ouro da Inglaterra e suas obrigações estrangeiras eram de 38%. A manutenção da confiança na moeda como divisa chave é baseada na seguridade de uma ordem econômica embasada na permanência dos compromissos privados, dentro e fora do país.
A moeda é o símbolo de uma civilização que exaltava a liberdade do indivíduo, a propriedade e o contrato. Assim, o ouro era, portanto, o símbolo da transcendência da ordem monetária frente às instituições estatais. Portanto, o mais importante era manter a conversibilidade do ouro, ou seja, o mais importante era preservar o valor nominal dos contratos em detrimento dos objetivos macroeconômicos.
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