Autor: Frederico Bacic
Fonte: www.economidiando.blogspot.com
Fonte: www.economidiando.blogspot.com
Por todo o país, há
debate sobre Belo Monte. A “maioria silenciosa” – a maior parcela da sociedade,
que não tem tempo para cuidar de questões mais amplas, e em geral só se
manifesta quando se vê muito agredida pela minoria ativa – começa a reagir.
Entidades com sede em outros países, como WWF e Greenpeace, estão a todo pano,
contando com apoio de gente que brilha na mídia, mas não tem bons argumentos.
No mundo, as maiores fontes de energia são poluidoras e não renováveis: óleo,
gás e carvão. No Brasil e em poucos países, tem-se a dádiva da fonte
hidráulica: renovável, barata e não poluente.
Há dias, veio a
público que as contas de energia seriam oneradas pelo apoio à fonte eólica – e
igualmente a base solar precisa de subsídio. Um dia, vento e sol e talvez o ar
– hidrogênio – poderão ser fonte limpa e viável, mas isso ainda não ocorre.
Como todos – sejam ecologistas ou desenvolvimentistas – precisam de energia
para as tarefas do dia a dia, cada país tem de tomar sua decisão. A China usa o
carvão, a França, o átomo, e os Estados Unidos lutam para sair da dependência
do petróleo – e, recentemente, descobriram um “pré-sal” de gás em seu
território. Certamente vão usar o gás, queiram ou não grupos ecológicos de lá.
Delfim Netto não é um
santo. Como czar da economia foi acusado até de mexer em índices de inflação.
Mas, em artigo publicado em Carta Capital, ele creditou a atual campanha a
interesses estrangeiros. Após citar que a água pode valer mais que ouro e petróleo,
Delfim afirma que, respeitando o ambiente e as populações locais – inclusive
indígenas – o país não pode deixar de aproveitar seus rios. Declara: “A
conclusão, óbvia, é que pretendem mostrar que a Amazônia precisa ser
internacionalizada, para evitar que utilizemos os cursos de água daquela bacia
hidrográfica para produzir energia e proporcionar o desenvolvimento daquela
região em nosso benefício exclusivo”.
E acrescentou:
“Tivemos a demonstração de como a pregação, mesmo infantil, pode influenciar
burocratas mal informados de organismos internacionais: uma obscura e
inoperante comissão de direitos humanos da OEA alinhou-se às teses de outras
tantas obscuras ONGs, pedindo a suspensão da construção da usina de Belo Monte,
no Rio Xingu”.
E conclui Delfim: “O
que as ONGs (de longa data), agora apoiadas pela sub-burocracia da OEA,
pretendem bloquear, em realidade, não é a obra em si, mas a condição brasileira
de produzir mais energia limpa para prosseguir em seu projeto de
desenvolvimento sustentável, inclusive na Região Amazônica. Significa
demonstrar a capacidade nacional de conservar, administrar e utilizar as
riquezas de um território que detém 11% de toda a água doce do globo, onde
correm 12 mil rios que respondem por 16% de toda a água enviada ao marpelos
rios do planeta”.
É isso mesmo. Delfim
lembra que, levando em conta os rios, mais depósitos subterrâneos – como o
aquífero Guarani – cada brasileiro tem uma quantidade fabulosa de água a seu
dispor, 17 vezes mais do que a ONU considera a média confortável de consumo. Há
uma guerra das ONGs estrangeiras contra o “pré-sal” renovável do Brasil: o bom
uso da água.
Gustavo,
ResponderExcluirObrigado por publicar um texto no blog, mas lembre-se se colocar o link para a fonte original.
Obrigado
Fred