Um tema que tem repercutido constantemente é o meio ambiente. Obviamente a discussão sobre o tema deve existir. O modo como o capitalismo se desenvolveu e ainda se desenvolve, desperta o lado egoísta dos agentes econômicos: o de sempre buscar mais. Isso torna o modelo de consumo vigente destrutivo e desenfreado. Desde os primeiros pensadores econômicos – ortodoxos – existe a idéia de que sempre se é preferível obter uma cesta com a maior quantidade de bens de consumo (princípio da não saciedade).
Tomemos como exemplo deste consumo desenfreado um gigante acordado nesses últimos anos: a China. No último dia 13, Marcílio Souza nos trouxa dados assustadores sobre o mercado automobilístico chinês. Pasmem, a venda de carros para passeio - e aqui reafirmo a palavra passeio! - cresceu cerca de 83% no mês de setembro deste ano se comparado ao mesmo mês do ano anterior, que significa um aumento por volta de 1 milhão de automóveis em circulação (quase 3/4 da totalidade da população de Estônia, com 1.3 milhões de habitantes*. Isto é o exemplo de sustentabilidade que devemos seguir? Sem dúvidas, a resposta é não.
Porém, uma grande questão se coloca: como limitar a destruição dos recursos naturais sem interferir no crescimento das economias? Em resposta a isto podemos encaixar o estudo e análise sobre governança econômica, ganhador do prêmio Nobel de Economia - por Elinor Ostrom e Oliver Williamson. Este mostrou que decisões tomadas pelos indivíduos, em paralelo aos grandes acordos internacionais, já são de grande ajuda para evitar os problemas aparentes de hoje, como o aquecimento global. Como a própria ganhadora do prêmio defende, "os usuários do recurso (naturais) freqüentemente desenvolvem mecanismos sofisticados para tomadas de decisões e cumprimento das regras para lidar com conflitos de interesse" quando colocadas imposições aos mesmos.
Por este motivo, ações não somente globais devem ser geradas. Uma necessidade maior (em todos os países do mundo) de ações regulatórias deve ser levada em consideração. Como colocado pelo Nobel, o consciente coletivo somente será alcançado após a conscientização individual. Partir de um pensamento egoísta de que "não posso mudar o mundo sozinho" está somente retardando um processo que será necessário de modo brusco no futuro, caso nada seja feito deste já. Um bom começo é repensar o que consumimos individualmente, como colocado por Gustavo Ferrara em seu texto Consumo sustentável.
Acredito que não devemos parar a evolução do ser humano. Seria um equívoco, afinal somos o topo da cadeia evolutiva, porém devemos pensar em como evoluir de modo a não destruir tudo e todos a nossa volta. A evolução deve ser parte do processo de vida dos homens, ainda assim, deve ser feito de modo menos agressivo a todos, não somente a natureza que sofre e vemos seus reflexo dos mais diversos modos (principalmente por mudanças climáticas), como também o próprio homem sente esses resultados (por meio de problemas de saúde, por exemplo).
Em suma, o tema meio ambiente x desenvolvimento econômico sempre deve estar em pauta. Claramente não quero me posicionar como ambientalista a fim de promover o radicalismo de deixarmos de lado nossos interesses para salvar o planeta. Seria uma hipocrisia de minha parte se estivesse aqui fazendo isto, como acredito que muitos grupos radicais o fazem. Vivo e sou fruto de uma economia capitalista, porém acredito que com a ajuda de todos, o coletivo pode ser melhorado. Não precisamos parar a evolução para salvar o meio ambiente, precisamos sim é encontrar outras maneiras de continuar nosso processo sem nos autodestruirmos. Para isso, contamos com a maior capacidade do ser humano: o raciocínio. Este, se utilizado de forma sábia e concisa, pode acarretar em resultados bem sucedidos para todos, como defende a ganhadora do Nobel citado acima.
Tomemos como exemplo deste consumo desenfreado um gigante acordado nesses últimos anos: a China. No último dia 13, Marcílio Souza nos trouxa dados assustadores sobre o mercado automobilístico chinês. Pasmem, a venda de carros para passeio - e aqui reafirmo a palavra passeio! - cresceu cerca de 83% no mês de setembro deste ano se comparado ao mesmo mês do ano anterior, que significa um aumento por volta de 1 milhão de automóveis em circulação (quase 3/4 da totalidade da população de Estônia, com 1.3 milhões de habitantes*. Isto é o exemplo de sustentabilidade que devemos seguir? Sem dúvidas, a resposta é não.
Porém, uma grande questão se coloca: como limitar a destruição dos recursos naturais sem interferir no crescimento das economias? Em resposta a isto podemos encaixar o estudo e análise sobre governança econômica, ganhador do prêmio Nobel de Economia - por Elinor Ostrom e Oliver Williamson. Este mostrou que decisões tomadas pelos indivíduos, em paralelo aos grandes acordos internacionais, já são de grande ajuda para evitar os problemas aparentes de hoje, como o aquecimento global. Como a própria ganhadora do prêmio defende, "os usuários do recurso (naturais) freqüentemente desenvolvem mecanismos sofisticados para tomadas de decisões e cumprimento das regras para lidar com conflitos de interesse" quando colocadas imposições aos mesmos.
Por este motivo, ações não somente globais devem ser geradas. Uma necessidade maior (em todos os países do mundo) de ações regulatórias deve ser levada em consideração. Como colocado pelo Nobel, o consciente coletivo somente será alcançado após a conscientização individual. Partir de um pensamento egoísta de que "não posso mudar o mundo sozinho" está somente retardando um processo que será necessário de modo brusco no futuro, caso nada seja feito deste já. Um bom começo é repensar o que consumimos individualmente, como colocado por Gustavo Ferrara em seu texto Consumo sustentável.
Acredito que não devemos parar a evolução do ser humano. Seria um equívoco, afinal somos o topo da cadeia evolutiva, porém devemos pensar em como evoluir de modo a não destruir tudo e todos a nossa volta. A evolução deve ser parte do processo de vida dos homens, ainda assim, deve ser feito de modo menos agressivo a todos, não somente a natureza que sofre e vemos seus reflexo dos mais diversos modos (principalmente por mudanças climáticas), como também o próprio homem sente esses resultados (por meio de problemas de saúde, por exemplo).
Em suma, o tema meio ambiente x desenvolvimento econômico sempre deve estar em pauta. Claramente não quero me posicionar como ambientalista a fim de promover o radicalismo de deixarmos de lado nossos interesses para salvar o planeta. Seria uma hipocrisia de minha parte se estivesse aqui fazendo isto, como acredito que muitos grupos radicais o fazem. Vivo e sou fruto de uma economia capitalista, porém acredito que com a ajuda de todos, o coletivo pode ser melhorado. Não precisamos parar a evolução para salvar o meio ambiente, precisamos sim é encontrar outras maneiras de continuar nosso processo sem nos autodestruirmos. Para isso, contamos com a maior capacidade do ser humano: o raciocínio. Este, se utilizado de forma sábia e concisa, pode acarretar em resultados bem sucedidos para todos, como defende a ganhadora do Nobel citado acima.
*dados do censo de 2000.
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