quinta-feira, 28 de outubro de 2010

A concepção varguista do desenvolvimento capitalista brasileiro


No movimento de estruturação do aparelho econômico estatal encontramos quatro elementos fundamentais: rede de mecanismos de centralização do comando, empresa pública para dinamizar o desenvolvimento, banco de investimentos e redesenho da articulação do empresariado em parceria com o Estado.(DRAIBE)

A concepção varguista do desenvolvimento capitalista brasileiro pode, dizer que foi em base em cinco eixos, entre eles os seguintes: estruturação de um sistema de financiamento, assim sem esquecer que isso foi à forma de articular a economia nacional com o capitalismo estrangeiro que nos indica as preferências para entrada do capital externo assim como limitando as remessas de lucros; Capitalização da agricultura, redistribuição da renda e melhorias na qualidade de vida, processo rápido de industrialização que obrigava a empresa estatal ter um papel estratégico e dinâmico, organização de um sistema de financiamento. Assim sem esquecer que isso foi à forma de articular a economia nacional com o capitalismo estrangeiro que nos indica as preferências para entrada do capital externo assim como limitando as remessas de lucros.

Dessa forma a mensagem possuía as bases para a industrialização brasileira, dependia do capital estatal, pelo meio da infra-estrutura e instalação de indústrias de base. Vale salientar que como pilares desta estrutura temos os investimentos em infra-estrutura, energia e transportes.

O setor energético era indispensável o desenvolvimento da geração de energia elétrica, acrescentamento e aumento de sua distribuição e uma mudança nas quetões tarifarias e contratuais. Ao final de 1951 vemos o Executivo enviar ao Congresso o Programa do Petróleo Nacional uma proposta para a criação da Petrobrás.

Outro produto energético, o carvão mineral, tem suas prioridades. Entre elas as principais eram de melhorias da extração, a industrialização e o transporte do carvão como também a proteção do produto nacional frente ao produto estrangeiro.

O transporte preocupava o governo. De forma que as atividades industriais distribuíram-se em três setores: indústrias de infra-estrutura, indústrias de base e indústrias de transformação. (DRAIBE)

A concepção de aceleração da industrialização no Brasil era promovia grandes impactos na armação econômica do Estado. Entre os anos de 1951 e 1954 era possível sentir a inadequação do aparelho estatal no que diz respeito às tarefas do projeto industrializante

Para ajudar a agricultura foi criada a Comissão Nacional de Política Agrária (CNPA), no setor industrial foi criada a Comissão de Desenvolvimento Industrial, entre outros. Para ajudar na concepção dos mesmos.

O Estado se expandindo era complementado com as criações de empresa pública que lhe davam um poder maior de atuação (como a criação da Petrobrás e Eletrobrás) e, ainda, uma vinculação setorial do empresariado que era dependente deste aporte de capital feito pelo Estado. Na concepção de uma empresa pública o Estado, passa agora a encarar as atividades industriais ao qual era necessário desenvolver, pois seu plano de desenvolvimento era fundamentado neste fator.

Um fator relevante foi à criação novas formas de industrialização, sob liderança da empresa pública, diminuindo a ação da empresa estrangeira. Deixa o Estado controlar estas áreas importantes para a indústria se desenvolver. (DRAIBE)


sábado, 23 de outubro de 2010

Eleições Brasil - Eua: Uma análise simbiótica.


Para aqueles que se surpreenderam com a efetivação ao cargo de deputado federal, pelo Estado de São Paulo, de Francisco Everaldo Oliveira Silva em nosso processo democrático tão justo, igualitário, modelo de ordem e “progresso” as nações civilizadas... Os nossos “queridos” amigos do Norte não me parecem estar em melhor perspectiva dado que no dia 2 de novembro de 2010, os estadunidenses vão às urnas para elegerem senadores, deputados e governadores para 37 estados da “abençoada” República federativa. Tendo como pressuposto que estes caros tomaram para si a missão messiânica de levar a todos os continentes do Globo “o sonho americano”, que é definido por Immanuel Wallerstein como:

“O sonho americano é o sonho da possibilidade humana, em que todas as pessoas possam ser encorajadas a fazer o seu melhor, a alcançar o seu máximo e a ter a recompensa de uma vida confortável. É o sonho de que não haverá obstáculos artificiais no caminho dessa realização individual. É o sonho de que a soma dessas conquistas individuais é um grande bem estar social – uma sociedade de liberdade, igualdade e solidariedade. É o sonho de que somos um farol para o mundo que sofre por não concretizar este sonho.”

Cabe-nos então, averiguar como o “farol para o mundo” está realizando a disputa democrática para o cargo de governador. Pois bem, comecemos pelos candidatos a disputa pelo estado da Califórnia:

“Na Califórnia, o candidato democrata Jerry Brown disputa com a republicana, Meg Whitman. Bilionária, ela decolou nas pesquisas, prometendo cortar impostos dos mais ricos. Mas a campanha foi abalada com a denúncia de que ela contratou como babá uma imigrante ilegal. É o escândalo babágate.”

Em Nova Iorque:

“O candidato republicano Carl Paladino faz uma cruzada contra os homossexuais: "Não quero que as crianças pensem que ser gay é uma opção correta", ele disse. E criticou o adversário, o democrata Andrew Cuomo, por ele ter levado as filhas para assistir à parada gay de Nova York. ”

E assim sucessivamente diante dos 37 estados em processo... A questão curiosa que estes pequenos exemplos nos comprovam e nos levam a refletir é: até que ponto o processo democrático é realmente democrático? Ou... a disputa por um cargo a governador de um estado, a deputado federal deste e tantos outros em questão não servem apenas para atender interesses privados onde novamente o público fica relegado ao segundo plano?

Entre tantas pesquisas e campanhas o fato cada vez mais corriqueiro e permutado de normal é a institucionalização do mercado a nível público, ou em outros termos, a regularização do balcão de negócios travestido de Estado. O espantoso é que ainda tentem encontrar a linha “demarcatória” desses dois conceitos que na realidade não somente se confundem como sequer se dividem, ao contrário mesclam-se , fundem-se e apresentam-se como democráticos e produtos de uma sociedade democrática. Democracia esta que insistem em levar ao mundo mediante guerras, que é claro que é um instrumento muito democrático...

Diante dessas produções pitorescas que o universo político reflete torna-se cada vez mais evidente o universo que a sociedade produz e irradia como modelo real a ser seguido. E torna-se óbvio o porquê nós brasileiros somos os bons “imitadores” da arte de copiar o que de melhor é produzido no sistema-mundo para continuarmos avançando em meio a “(des) ordem e o progresso (?!)”. Assim, não poderíamos perder esse bonde! E estamos no caminho certo dado que a disputa presidencial não deixa sequer uma gafe neste conjunto de etiquetas onde o predomínio da agressividade e violência se faz regra! O que nenhuma analista atenta, no entanto, são para os indicadores da bolsa econômica que sobem e descem a cada declaração por parte dos petistas ou tucanos, a luz é tão clara que chega a cegar! Enquanto o transtorno confundido com disputa política manifesta a caricatura e pobreza de espírito do nosso sistema democrático, o mercado econômico sequer descansa e apenas espera o momento de poder “capitalizar” mais uma fatia dos recursos que ainda se perguntam onde é que fica o caminho para o público...

Retomando ainda Wallerstein: “Contudo, para compreendermos o mundo em que vivemos, temos que ir além dos sonhos, de modo a lançar um olhar atento à nossa história (...)”

A história que vivemos hoje é a história do mercado privado. A política que temos hoje é a política que tomou como exemplo a suposta nação mais rica do universo. Porém, mais rica para quem? O questionamento que nos resta é saber até quando o privado permitirá que o público exista... E se o faz qual é o lado que ocupamos? A privatização do Estado já é um fato consumado. E não está longe o tempo em que este fato será institucionalizado... É só prestar a atenção e ver ao invés de crer!

Referências Bibliográficas:

Wallerstein, I: O Declínio Do Poder Americano. Rio de Janeiro: Contraponto, 2004.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2010/10/campanha-para-governador-nos-eua-revela-candidatos-polemicos.html


Gostou? Que tal valorizar nosso trabalho?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Mercado de Luxo no Brasil


Estima-se que até o final de 2010 uma Ferrari será comprada por um Brasieliro a cada 35 dias. E mesmo assim não é o mesmo que consumira nas lojas de Diane Von Furstenberg, CH Carolina Herrera e Aston Martin, sem esquecer-se daquelas marcas que tiveram seu lançamento este ano como as novas butiques da Loius Vuitton e da Cartier.

O mercado de luxo irá deixar os donos de cartões de créditos felizes, o cliente de luxo tem um gasto médio de quase R$ 3,5 mil por compra, o brasileiro deste mercado irá impulsionar cerca de 50% das vendas das dezenas de marcas desta forma caracterizando o melhor ano para o mercado de luxo.

Em plena crise financeira do ano passado o universo do luxo faturou cerca de US$ 6,5 bilhões no Brasil. Isso equivale a 8% em relação a 2008 que faturou US$ 6 bilhões (dados: GKF Brasil e MCF Consultoria). O Brasil recebeu em 2009 outras grifes do alto luxo como: Hermès, Missoni, Christian Louboutin, Bentley, Lamborghini e Bugatti, o investimento passa dos US$ 830 milhões. O número de veículos importados sofreu um avanço de 30,9%, segundo os dados da Anfavea (da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).

“Crescemos muito mais do que o mercado de automóveis como um todo, até porque as classes A, AA e AAA são menos afetadas na postura de compra do que outras classes” diz Thiago Lemes, gerente de Produto Importação da Audi no Brasil.
A Audi lançou em 2008 o modelo R8 V10 esportivo a um preço de R$ 696 mil cada. Já na primeira semana foram vendido quatro unidades.

Mesmo com a tributação passando dos 100% para os artigos de luxo (Carros, relógios, joias ou sapatos) não foi problema algum para as empresas. O valor dos importados de luxo sejam carros, relógios, joias ou sapatos, sofre tributação superior a 100%. E vale ressaltar que as empresas ainda apostam em um crescimento de 73% nas vendas. Como é o caso da Jaguar. Quem acompanha o mercado percebe que o crescimento econômico brasileiro auxilia e favorece o crescimento das marcas de luxo no país.


“Com um cenário positivo, mais gente se interessa por comprar um carro de luxo”, diz John Peart, presidente da Jaguar na América Latina.


Seguindo a mesma linha do mercado a marca Aston Martin, famosa pelos carros dos filmes de James Bond acredita no mercado promissor que é o Brasil. Com o mercado de luxo crescendo temos outras marcas aportando aqui como: Gucci (Yves Saint Laurent e Bottega Veneta).


O mercado ainda está em franca expansão. Em 2009 detinha mais milionários que Australia e Espanha, chegando a ocupar a décima posição em contas bancarias com mais de US$ 1 milhão. Mas devida a uma concertação mais equilibrada e distribuída na Austrália. Já em 2010 a Austrália passou o Brasil em números de pessoas milionárias. Mas, devemos ressaltar que em quantidade de dinheiro entre essas pessoas a média do milionário Brasileiro é de US$ 30 Milhões.


Hoje, o Brasil consta com 18 bilionários. Segundo a Forbes. O melhor posicionado é Eike Batista que ficou com a oitava colocação.


sábado, 16 de outubro de 2010

Panorama das mídias sociais no Brasil


Ápos o aumento da popularidade, entre os próprios consumidores, nos últimos anos, as mídias sociais estão de tornando importantes instrumentos estratégicos para as empresas de todos os portes e setores da economia. Os hábitos dos clientes mudaram quando a internet quebrou a barreira geográfica e trouxe velocidade de acesso as informações, facilitando a pesquisa por empresas e seus produtos na rede e, consequentemente, um possível aumento nas transações comerciais online.

Nesse contexto, as ferramentas que promovem o convívio social e o dialogo online entre os usuários tornam esse novo cliente muito mais exigente na hora de adquirir algum produtos.

Nas mídias sociais, a reputação de uma empresa foge do controle de sua liderança. Por meio dos fóruns de discussão, blogs, sites como Orkut, Facebook, Twitter, entre outros canais, a reputação passa a ser definida pela ações das pessoas, dos clientes e de outros influenciadores online. a figura abaixo demonstra um exemplo dessa perda de controle das empresas sobre o processo de geração e disseminação da informação.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Papo Rápido: Para não estourar o limite do cartão dos seus Clientes a Compania Azul inova!


Em julho, a companhia aérea Azul criou uma nova maneira de estimular a venda a prazo para viajantes da classe C. Para não estourar o limite do cartão de crédito de boa parte de seus clientes, que varia de 400,00 a 2.000,00 reais por mês, a compania desenvolveu uma modalidade de cobrança em que as parcelas mensais são computadas individualmente.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As novas linhas de tendências de consumo.


À medida que ascendem socialmente, os brasileiros também escalam novos patamares de consumo. Agora que o Brasil se transforma em uma economia de massa, os especialistas tentam decifrar como se dará a expansão da cesta de compras, impulsionada pelo aumento da renda e do credito e por fortes tendências comportamentais.

A partir dessa análise temos que os consumidores passam a ter um comportamento que podemos classificar da seguinte forma:

Primeira tendência: Quero ter mais

Os consumidores remediados aos mais abastados, o anseio é melhorar o que já foi conquistado e incorporar o que esta fora do orçamento. Aqueles que já superaram as necessidades básicas expandem seu universo de consumo agregando novos itens. Nas classes mais altas, a tendência é de sofisticação. Segundo a consultoria BCG, 26% dos consumidores aceitam gastar mais para comprar produtos melhores.

Segunda tendência: Quero saber mais

Investimentos em educação e acesso a internet e a TV a cabo são produtos/serviços que se beneficiaram por essa tendência. Entre os emergentes, é uma pragmática: estar mais preparado significa conseguir um emprego melhor no futuro. Isso vale, sobretudo, para os filhos. Por isso, as escolas de inglês e de informática se multiplicam nas periferias. A educação é valorizada em todas as classes sociais. Mas para os mais pobres é o que pavimenta o caminho para uma renda maior e para novos hábitos de consumo.

Terceira tendência: Quero experimentar mais

É o impulso que motiva boa parte dos consumidores emergentes a viajar de avião pela primeira vez, a conhecer um restaurante ou a passar a frequentar cinemas e teatros. Os novos hábitos incluem o consumidor em ambientes que ele não conhecia. Isso também vale para as compras no supermercado. De produtos mais saudáveis e guloseimas, o consumidor que itens que vão além da cesta básica.

Com isso, temos as linhas de tendências comportamentais que podem ser notadas com os novos padrões de compras a partir do crescimento da renda da população.