Antes de falar da conferência de Copenhague, gostaria de dividir com os demais leitores do blog! Este texto foi retirado da “Scientific American Brasil”.
Energia e Civilização” por Ulisses Capozzoli
“Até recentemente, talvez por tradição, boa parte dos economistas costumava lamentar o fato de o petróleo ser um recurso finito. A verdade, no entanto, é que se fosse infinito seria ainda pior. Desde meados do século 19, por arte, entre outros, de um físico-químico absolutamente genial, o sueco Svante Arrhenius, sabe-se que o dióxido de carbono é capaz de reter calor atmosférico e, em conseqüência disso, sua maior concentração produziria inevitavelmente elevação das temperaturas globais.
Ocorreu, de fato, mas ao longo de um largo período de tempo e não da forma tão rápida e impactante como acontece agora, é isso que faz toda a diferença.
A justificativa, que acabou na morte desse mar, foi razoável a princípio: o desvio de dois rios que o alimentavam para aumentar a produção de algodão na ex-União Soviética. As conseqüências, no entanto, hoje custam caro em termos de saúde pública, devastação ambiental e uma diversidade de outros impactos sociais negativos.
No caso do petróleo, identificado como o recurso que sustentou a Segunda Revolução Industrial, com o motor a explosão (a primeira foi assegurada pelo carvão qua abasteceu a maquina a vapor), tanto sua finitude como inviabilidade ambiental sugerem que seu reinado sujo chegou ao fim.
Mas chegou ao fim antes que alternativas a altura estivessem disponíveis para assegurar qualidade de vida a que se habituou a maior parte da população. Ao menos no que ficou conhecido como Ocidente, eufemismo para se referir a Europa e Estados Unidos, deste lado do mundo que compartilhamos.
O que temos pela frente, neste momento, é literalmente uma corrida contra o tempo no esforço de minimizar a deterioração ambiental que ameaça com uma regressão na historia, algo que, antes disso, só se costumava atribuir a um conflito nuclear, ou ao impacto de um bólido celeste: um cometa ou asteróide.
O secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Yvo De Boer, pediu em seu discurso para que os países tornem reais os resultados já apreendidos em trabalhos anteriores.
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