O interior do estado de São Paulo esta em franca expansão industrial. Por muito tempo a capital paulista foi considerada como o pólo da industria nacional, as oportunidades de empregos e crescimento pessoal atraíram muitos brasileiros para a metrópole paulistana. Até hoje este movimento acontece, os números mostram isso claramente, 14,6 milhões de brasileiro vieram para o sudeste, e a grande maioria se instalou na capital paulista, de acordo com as pesquisas do IBGE.
O mesmo IBGE mostra que a partir de 2006 o desenvolvimento econômico atraiu cada vez mais pessoas para região do interior paulista. O crescimento industrial atrai cada vez mais pessoas tornando uma boa opção `a capital, estas pessoas muitas vezes optam por uma melhor qualidade de vida no interior. Mas mesmo assim a região metropolitana paulista é responsável por 56,1% do PIB do Estado, seguido por Campinas 15,4%, São José dos Campos 5,2%, Sorocaba 4,7%, Santos 3,8%. Mas sozinho o interior paulista é responsável por 16% do PIB nacional. Ainda temos regiões que se destacam da agropecuária, agroindústria como o caso de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto segundo dados SEADE. Responsável por 5% do PIB estadual.
Diante das diversas oportunidades que se abrem dia a dia no interior, uma que se destaca é a possibilidade dos Economistas buscarem espaço nas cidades do interior paulista. Através de uma iniciativa do CORECON – SP criou-se o FEIP – Forca Econômica do Interior Paulista. Que incentiva junto ao governo a contratação de economistas para as prefeituras. Em uma forma de ser um braço de apoio aos projetos dos prefeitos, independentemente do partido político, auxiliando na construção de políticas que visam o desenvolvimento da região. Nos dias de hoje essas regiões estão carentes de profissionais ligados a economia. O projeto visa difundir a importância e a vantagem da prefeitura possuir um economista registrado junto ao conselho de planejamento e crescimento das cidades. Antonio Luiz de Queiroz Silva, presidente do CORECON diz: “ O interior de São Paulo tem grande potencial. O objetivo do projeto é ajudar os prefeitos que, hoje, já fazem uma boa administração, a ter uma estrutura solida para crescer e se desenvolver. Isso requer planejamento estratégico, e disso, certamente os economistas entendem muito bem.”
O perfil analítico do economista o transforma dessa forma em um “pivô” no time da prefeitura, abrindo portas para um caminho de estratégias que proporcionem uma melhoria na gestão pública municipal. Com isso temos o potencial de crescimento municipal sustentado de maneira que o crescimento seja ordenado e sustentável. O economista pode se tornar um orientador da criação do crescimento municipal, facilitando e potencializando o desenvolvimento da região.
O economista passa a ter uma oportunidade no interior de São Paulo que ha alguns anos não teriam. O fluxo pode ocorrer da seguinte forma, atraindo primeiramente estudantes e profissionais da capital que abririam as portas e assim estimulariam o crescimento de novos cursos. Já observamos esse movimento diz o presidente do CORECON, cursos de economia, administração pública estão sendo abertos no interior paulista, como é o caso de Campinas, Bauru, Ribeirão Preto entre outras cidades.
O economista vinha em baixa com a instabilidade economia brasileira assolando quase que 30 anos. Com a queda muitas faculdades e bons cursos foram fechados devido a ausência de alunos e a baixa procura do mercado por profissionais dessa área. Muitas vezes foram substituídos por Administradores, Engenheiros, Contadores. O projeto do CORECON tem em vista uma valorização da profissão, mostrando que é essencial ter um economista para analisar economicamente e planejar a administração dos recursos públicos que cada região possui.
Devemos salientar que a análise e o planejamento são funções indispensáveis para um economista, e sem esquecer que é um pensador.
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